Bens ferroviários doados pelo DNIT integrarão Museu de Jundiaí/SP

Projeto visa a preservação da memória e valorização do patrimônio ferroviário nacional

24/06/2024 – DNIT

A preservação do patrimônio ferroviário é crucial para manter viva não apenas a história, mas também a memória coletiva de uma nação. Doar bens ferroviários, como locomotivas, vagões e peças históricas, desempenha um papel fundamental nesse processo de conservação e educação. Uma das atribuições do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é a doação desses maquinários, que permite conectar o passado com o presente demonstrando a evolução do transporte ao longo dos séculos. Na última segunda-feira (17), a autarquia realizou a entrega de uma série de itens para o projeto do Museu de Jundiaí, em São Paulo.

O Departamento doou cinco locomotivas elétricas, uma locomotiva a vapor, um carro dormitório, um carro bagagem, um vagão plataforma, um vagão fechado, um vagão tanque, e um guindaste a vapor. O futuro museu conta com um plano de ocupação e de restauração do Espaço Expressa. O local será um grande parque urbano no centro da cidade e preservará todo o legado ferroviário que marca a história do município e da antiga Ferrovia Paulista S/A. O principal objetivo do museu é a preservação da memória e do patrimônio histórico sobre trilhos.

Os bens foram avaliados em aproximadamente R$ 1,55 milhão. As peças históricas serão deslocadas pelos trilhos internos, e posteriormente, receberão todos os cuidados necessários para preservação e restauro. Após a conclusão desses serviços, as locomotivas e os vagões terão grande destaque e serão expostas para visitação da população, contribuindo assim para o turismo cultural e educativo.

O Expressa é o único patrimônio material do município tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No local, também estão instalados o Museu da Cia. Paulista, o Arquivo Histórico de Jundiaí, e a Faculdade de Tecnologia de Jundiaí (Fatec).

Sobre o Espaço Expressa – O Espaço Expressa (antigo Complexo Fepasa) teve sua construção iniciada na década de 1890, pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a fim de abrigar as oficinas de locomotivas à vapor da empresa. Na década de 1970, ocorreu a incorporação da Companhia à Fepasa (Ferrovia Paulista S/A), empresa estatal paulista de transporte ferroviário de cargas e de passageiros. A área total é de 111 mil metros quadrados, sendo 46 mil deles de área construída.