Por José Eduardo Ribeiro Copello

O desenvolvimento e a qualidade de vida nas grandes metrópoles estão diretamente associados à eficiência da mobilidade urbana e de sua rede de transporte público, justificando a priorização do tema nos planos de governo.

O início dos testes no tramo 3 do metro representa mais avanço no virtuoso ciclo de melhorias na mobilidade urbana e no transporte público, implantado a partir da histórica e corajosa decisão do ex-governador Jaques Wagner, em 2013, resultando na transferência da interminável obra da linha 1 para a gestão do Estado, que rapidamente colocou o metrô nos trilhos inaugurando os primeiros 6 km em 2014. Em 2015, já sob a liderança do governador Rui Costa, foi concluído até Pirajá e em 2018 a linha 2 até o aeroporto. Junto, vieram os viadutos, as passarelas com escada rolante, a ciclovia no canteiro central da avenida Paralela, os bicicletários e as ampliações viárias na região das estações Detran, Rodoviária, Pernambués e Aeroporto.

Este conjunto, aliado às ampliações das avenidas Gal Costa, Orlando Gomes e Pinto de Aguiar e à implantação das novas vias Metropolitana, 29 de março, Barradão e ligação Lobato/Pirajá, formam o mais arrojado e exitoso plano de mobilidade urbana da nossa história. São mais de R$ 10 bilhões investidos nos últimos 10 anos. Um grande legado!

Sob administração da CTB/SEDUR, os novos 5 km, duas estações e dois terminais de integração do Tramo 3 empregam modernas tecnologias, destacando-se a inovadora metodologia de viaduto em balanço sucessivo, para transpor a BR-324 sem necessidade de interrupções no trânsito. Com investimentos de R$ 635 milhões, a obra iniciada em 2020 gera 1.500 empregos e se credencia como destaque nacional, superando desafios impostos pela pandemia e pela guerra da Ucrânia, que impactaram a cadeia produtiva de vários insumos utilizados neste tipo de obra.

Em breve, o trecho será incorporado pela CCR e o metrô alcançará 38 km, 22 estações e 10 terminais de integração, ampliando o atendimento que já ultrapassa 100 milhões de passageiros por ano. Em Águas Claras, o metrô terá uma harmoniosa integração com a nova rodoviária da capital e um robusto sistema viário de entorno. Para quem observa a história, vamos lembrar da década de 1970, quando a antiga rodoviária da região das 7 portas foi transferida para a av. ACM, àquela época com imensas áreas desocupadas. A expectativa é que Águas Claras se transforme em um novo portal de desenvolvimento, com novas ocupações, serviços e oportunidades em uma região periférica da capital, impulsionado por um transporte rápido e confortável.

José Eduardo Ribeiro Copello
Presidente da CTB – Companhia de Transportes do Estado da Bahia e Vice-Presidente de Desenvolvimento da ANPTrilhos – Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos

Artigo publicado no Jornal A Tarde, no dia 29 de setembro de 2022.

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