Utilização da linha férrea foi o tema de reunião, nesta sexta-feira (3), em Itanhaém.
A malha ferroviária, conhecida como linha Santos-Jundiaí, antiga Estrada de Ferro Sorocabana, e que liga a Baixada Santista ao Vale do Ribeira (Santos-Cajati), pode ser reativada e servir ao transporte de passageiros e/ou como alternativa turística. A utilização da linha férrea foi o tema da reunião promovida pelo Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar), realizada na manhã desta sexta-feira (3), no Paço Municipal de Itanhaém.
O encontro reuniu o chefe do Executivo de Itanhaém e presidente do Codivar, Marco Aurélio Gomes, o deputado federal, João Paulo Tavares Papa, o superintendente do Codivar, Wilber Rossini e os prefeitos de Itariri, Dinamérico Gonçalves, de Praia Grande, Alberto Mourão, e ainda secretários municipais, vereadores e diretores da empresa Rumo Logística, que era responsável pela concessão da estrada de ferro.
O representante da Rumo Logística, Emanoel Tavares, explicou que há um estudo de inviabilidade técnica para transporte de cargas na linha férrea. A proposta da empresa é devolver esse trecho ao Governo Federal e criar um fundo compensatório, de cerca de R$ 200 milhões para os Municípios. A Rumo apresentou proposta junto à Agencia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para encerrar a concessão da ferrovia.
Por isso, as autoridades discutem propostas de utilização da linha férrea e que possam estimular o desenvolvimento da região. A preocupação central é definir que uso será dado à faixa, que possui mais de 200 km. Entre as opções está o transporte de passageiros, como um complemento do VLT e/ou a implantação de um trem turístico entre a Baixada e o Vale do Ribeira.
Segundo a Prefeitura de Itanhaém, o prefeito e presidente do Codivar, Marco Aurélio Gomes, acredita que a volta do trem Maria Fumaça daria um grande impulso para o desenvolvimento econômico e turístico ou um sistema que pudesse ser integrado ao VLT.
O deputado federal, João Paulo Tavares Papa, acredita que o que inibe o desenvolvimento regional é a falta de mobilidade urbana, pois apesar da malha rodoviária paulista ser a mais avançada do país, faltam investimentos em outras formas de transporte, como o ferroviário. Por isso, a ideia do VLT até Peruíbe e um roteiro turístico para o Vale do Ribeira.