A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) participou nesta 4ª feira (07/10) do painel “Mobilidade urbana: a crescente participação do setor privado”, que faz parte do fórum “PAINEL 2015 – Pacto pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Logística”, na sede da ANTT, em Brasília (DF). O encontro foi organizado pelo Instituto Besc de Humanidades e Economia.
Durante o evento, o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Alstom, Cristiano Saito, falou sobre projetos de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) e a estruturação de projetos. O executivo explicou que além das oportunidades de renovação do entorno das vias, o VLT tem melhor compartilhamento de espaço, conforto e qualidade de transporte para os passageiros.
O secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Dario Rais Lopes, apresentou as ações do Ministério para a mobilidade urbana e disse que a composição da carteira de projetos na área de transporte sobre trilhos até o mês de julho é de R$ 106,4 bilhões. O montante engloba os projetos de metrô, trem, VLT e monotrilho. Além disso, o secretário disse que existem R$ 30 bilhões em potenciais investimentos na área de mobilidade urbana, incluindo os projetos dos metrôs de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Fortaleza, sendo esse último já em andamento. Dario enfatizou a necessidade de estruturação de garantias para o andamento desses empreendimentos com a criação de fundos garantidores.
Os projetos de transporte de passageiros sobre trilhos da Odebrecht Mobilidade também foram apresentados. O diretor-presidente da empresa, Gustavo Guerra, destacou que “um modal que é bem operado atrai os passageiros” e que a empresa defende o fortalecimento das autoridades metropolitanas. A Odebrecht Mobilidade tem participação nas principais obras de transporte sobre trilhos em construção – VLT de Goiânia, Linha 6-Laranja de São Paulo e VLT Carioca -, além dos sistemas em operação da SuperVia e a Linha 4-Amarela de São Paulo.
Encerrando as apresentações, a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, mostrou o panorama do setor metroferroviário brasileiro com os benefícios sociais para a população, os projetos em andamento e a participação da iniciativa privada como parceiro dos governos. “Dos 13 novos sistemas em construção, sete terão operação privada. Esse cenário é uma tendência que desonera o Estado e garante o projeto. Independente das obras serem públicas ou em Parceria Público-Privada (PPP), o importante é serem feitas. E é isso que a ANPTrilhos defende, a ampliação dos sistemas de transporte sobre trilhos”, enfatizou a executiva.