O aprofundamento da crise econômica no primeiro semestre colocou o setor ferroviário diante de um dilema. Para o presidente da Seção Ferroviária da CNT, Rodrigo Vilaça, a área vive um momento de encruzilhada na qual ou se avança nas obras e no planejamento para os próximos anos ou se retrocede na tentativa de recuperar uma “década perdida”. “O Setor metroferroviário enfrenta atrasos continuados de obras e problemas de gestão”, diz.
Na avaliação dele, o atual momento não afeta diretamente o setor, mas imobiliza investimentos e ações estratégicos. “Estamos prontos para crescer. Todos sabemos que temos que avançar no sistema, precisamos de novas linhas e dar continuidade às obras. É na crise que as oportunidades aparecem. Mas corremos o risco de continuar estagnados”.
Apesar da falta de investimentos, o setor pode ser visto como uma alternativa à crise econômica. Empresários têm migrado do transporte por rodovias para os vagões sobre trilhos. Os custos do transporte ferroviário por contêineres chegam a ser 20% inferiores aos praticados em soluções com base rodoviária.