Nesta terça-feira (14), uma comitiva da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), braço do governo francês voltado para a cooperação financeira com o setor público de outros países, reuniu-se com o secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Carlos Martins, para tratar de novos detalhes sobre uma possível parceria para viabilizar o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) da capital baiana. O edital de licitação encontra-se em fase final de conclusão e deve ser lançado até julho, com previsão de início das obras em até 90 dias após a assinatura.
Além do secretário, a superintendente de Mobilidade da Sedur, Grace Gomes, o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, e o diretor da Sumob, Márcio Tourinho, também participaram do encontro. “O VLT é um projeto estratégico para o Governo do Estado e a AFD é um parceiro importante pela sua expertise e o trabalho desenvolvido em vários países. Portanto, é de nosso total interesse oficializar essa cooperação”, afirmou Carlos Martins.
A missão francesa em Salvador teve início ano passado, quando conheceram o projeto do sistema de transporte que vai substituir os trens do Subúrbio. Desde então, foram feitos alguns estudos técnicos e apresentados detalhes da segunda etapa do VLT, cujo projeto original foi repensado com a possibilidade de estender o trajeto para viabilizar uma ligação direta com o metrô através de um novo trecho, ainda a ser definido – entre o Comércio e a Lapa ou Santa Luzia até o Retiro. O objetivo é tornar o modal ainda mais eficiente e integrado à política estadual de mobilidade.
A comitiva francesa reforçou interesse em firmar parceria com o Governo do Estado, ainda mais motivados com o potencial de integração em rede do VLT, que também fará conexão com o BRT e, futuramente, tem perspectiva de ser estendido e integrado à Região Metropolitana. “Nós também gostamos de inovação, portanto, não encaramos isso como um risco. Queremos encontrar a melhor solução para os melhores projetos”, afirmou o gerente de Projetos de Transporte Urbano da AFD, Arnaud Dauphin.
PPP – Governo e Agência ainda precisam definir qual o modelo de Parceria Público-Privada (PPP) a ser adotado e o tipo de financiamento. “Todas as PPS do Estado tiveram elementos de inovação e foram pioneiras no país. Um bom exemplo é a PPP que viabilizou o Hospital do Subúrbio, além da própria PPP do metrô”, destacou Carlos Martins.
A estimativa da Sedur é de que, num prazo máximo de 60 dias, sejam concluídos todos os estudos de demandas e projetos, bem como de viabilidade sócio-econômica e ambiental.
AFD – A Agência Francesa de Desenvolvimento atua no Brasil desde 2007, com empréstimos a estados e municípios para projetos e programas de infraestrutura e mobilidade. Reconhecida internacionalmente, a AFD atua nos quatro continentes por meio de uma rede de 70 escritórios de representação e dedica, por ano, mais de 6 bilhões de euros em financiamento de projetos sustentáveis.