‘Achados e Perdidos’ da CPTM teve mais de 80 mil itens em 2018

Somente na estação Brás, a mais movimentada do sistema ferroviário, foram esquecidos mais de 8 mil objetos no último ano

Quem nunca esqueceu algo em casa, no trabalho, no carro ou até mesmo no transporte público? Em 2018, foram esquecidas 88.611 peças nas sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Diariamente, chegam à Central de Achados e Perdidos da Companhia, localizada na Estação Barra Funda, inúmeros objetos deixados nas estações e no interior dos trens.

No entanto, há sempre algo inusitado entre um item e outro, como um par de muletas ou um manequim, cuja falta deles seria facilmente percebida. Assim, ao lado de guarda-chuvas, um dos campeões de “esquecimento”, também figuram outros artigos curiosos, como próteses dentárias, um cavaquinho, barraca de camping e, acreditem, até um drone.

Ranking

Em 2017, foram achados quase 78 mil itens nas seis linhas. No passado, o número aumentou em mais 10 mil. A estação Brás, a mais movimentada, tem o primeiro lugar no ranking de objetos esquecidos: mais de 8 mil.

A Estação Palmeiras-Barra Funda ficou em 2º lugar, com cerca de 7 mil peças. Quando a contabilidade é por linhas, em 2018, a campeã foi a Linha 12-Safira, com 18.508 itens perdidos. A vice-liderança se manteve com a Linha 8-Diamante, que registrou 17.349 peças. Já a Linha 9-Esmeralda caiu do primeiro lugar no pódio, em 2017, para terceiro, com 16.702 artigos.

A Linha 11-Coral, a mais movimentada, continua em 4º lugar no ranking, com 14.560 itens. A Linha 10-Turquesa subiu do sexto para o quinto lugar, com 12.997 objetos, e a Linha 7-Rubi caiu da quinta para a sexta posição, com 7.333 peças.

A nova Linha 13-Jade, inaugurada no fim de março, está ocupando o sétimo lugar no ranking, com 1.162 itens esquecidos. “Sou uma pessoa muito esquecida. Geralmente, dou uma olhada para ver se nada ficou. Eu já deixei sacola com roupas, comida e principalmente guarda-chuva,” conta a dona de casa Cirlei da Silva.

Devolução

Do total de objetos encontrados nas dependências da CPTM, a média de devolução é em média de 40%. O trabalho intenso dos funcionários da Central de Achados e Perdidos é fundamental para isso, já que 70% das devoluções são feitas devido à investigação minuciosa e contato ativo feito pelos empregados da central. Apenas 30% das devoluções ocorrem por iniciativa do proprietário.

“Quando os itens chegam à central, passam por uma triagem, onde são separados em objetos, valores e documentos que podem indicar formas de contato com o proprietário, seja por telefone, e-mail ou carta, já que a devolução dos pertences aos proprietários é o foco da Central de Achados e Perdidos. Depois, são cadastrados e guardados”, explica a chefe do Serviço de Atendimento ao Usuário da CPTM, Eliete Cury.

Todos os objetos entregues na central ficam armazenados por até 60 dias. É neste tempo que os funcionários atuam para achar o dono e, quando ele não é localizado, os itens são encaminhados para o Fundo Social de São Paulo (FUSSP), entidade social mantida pelo Governo do Estado.

A instituição já foi beneficiada com roupas e brinquedos, entre outros. No caso dos documentos, a maioria é devolvida aos órgãos expedidores e os cartões de banco são destruídos.

31/01/2019 – Governo do Estado de São Paulo
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