A construtora espanhola Acciona fechou acordo para comprar a concessão da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo, do consórcio Move São Paulo. Agora, resta apenas a anuência final do governo, que já recebeu a formalização do acordo e fará a análise de questões legais ao longo dos próximos 90 dias, afirmou ao Valor o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
O projeto, que terá mais de 15 quilômetros de extensão e demandará R$ 12 bilhões de investimentos, é o maior já feito no Estado. As obras da linha estavam paradas desde setembro de 2016.
As empresas fecharam o acordo na sexta-feira, evitando assim a decretação oficial da caducidade da concessão. O prazo para uma solução venceria hoje, mas o governo paulista o prorrogou até 9 de fevereiro, para permitir a concretização da venda. Caso seja confirmada, a caducidade será revogada.
Agora, o principal componente para o sucesso da transação é a negociação do reequilíbrio do contrato com o governo: basicamente, o prazo para construir a linha e para a operação pela Acciona. As conversas deverão ocorrer nos próximos 90 dias. A gestão já sinalizou disposição em discutir os termos para garantir a viabilidade da concessão sob o novo controlador.
O governo também exige que a Move São Paulo abra mão de todas as disputas arbitrais com o Estado. O consórcio é dividido entre Odebrecht TransPort (OTP), em sociedade com Grupo Ruas, os japoneses da Mitsui, Queiroz Galvão e UTC.
A operação é estimada, considerando dívida, em pouco mais de R$ 1 bilhão. A Acciona assumirá a maior parte da obra, com a participação podendo superar 70%. O consórcio ficará responsável pela fatia restante.
11/11/2019 – Valor Econômico