Em todos os anos, a Trensurb realiza a pesquisa de satisfação e perfil socioeconômico dos usuários do sistema metroviário. Em 2015, foi alcançado um grau de satisfação geral de 91%, mantendo-se o histórico de avaliações positivas, superior a 90% desde 2007, quando o estudo começou a ser realizado no formato atual.
No mês de outubro, a empresa SPQR Consultoria e Tecnologia aplicou os questionários referentes a pesquisa quantitativa nas 22 estações que compõem a Linha 1 do metrô, além da estação do aeromóvel junto ao Terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho. Na fase quantitativa foram ouvidos 2010 usuários, distribuídos por cotas de acordo com a circulação de passageiros por cada uma das estações. Já na etapa qualitativa, foram aleatoriamente selecionados 40 participantes da pesquisa quantitativa. Dos 40 convidados, 13 se dispuseram a participar de uma entrevista.
Para a Trensurb, a pesquisa de satisfação é uma ferramenta de gestão importante, que possibilita a mensuração das opiniões dos usuários e o conhecimento de suas principais necessidades. Dessa forma, a empresa pode concentrar seus esforços em priorizar as ações de melhorias.
A avaliação dos entrevistados
No quesito satisfação geral com os serviços prestados, o levantamento quantitativo mostra que 56,47% dos entrevistados consideram-se satisfeitos e 34,53% muito satisfeitos. A soma desses dois índices resulta nos 91% de satisfação. Apenas 0,45% dos entrevistados se declararam insatisfeitos e 8,55% pouco satisfeitos.
Segundo a avaliação dos usuários, o item com melhor índice de satisfação é a bilhetagem eletrônica (96%), seguida da iluminação dos trens (94,02%), instalações comerciais (93,16%), comunicação visual (92,77%), iluminação nas estações (92,48%) e empregados da bilheteria (90,26%).
A fase qualitativa demonstra que a Trensurb, na concepção dos entrevistados, continua sendo um fator essencial para a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Porto Alegre, principalmente pela facilidade de locomoção e pela tarifa social. Há concordância geral de que os trens são bem conservados, os intervalos entre viagens são adequados e o aeromóvel é um projeto importante, que poderia ser expandido para outros locais.
A percepção dos participantes é de que a empresa vem crescendo gradativamente, com investimentos e melhorias, visíveis por exemplo na questão da acessibilidade. Outra qualificação aparente, destacada na fase quantitativa da pesquisa, foi em relação à bilhetagem eletrônica, cuja melhoria foi percebida por 91,25% dos entrevistados.
Entre os temas abordados, aqueles com menor grau de satisfação foram a segurança nos acessos às estações (64,46%), a segurança no interior das estações (64,18%), os elevadores (63,8%), a segurança no interior dos trens (62,96%), a segurança nas passarelas (61,61%) e a lotação dos trens (57,25%).
Os hábitos dos usuários
O estudo também apurou que 56,72% dos entrevistados utiliza o metrô há mais de cinco anos. 54,22% dos participantes da pesquisa são usuários habituais do sistema, ou seja, usam o trem no período entre segunda e sexta-feira ou de segunda a sábado ou ainda de segunda a domingo. Cerca de um quarto (25,77%) afirma utilizar o metrô esporadicamente. O número de usuários esporádicos é o mais alto registrado nas pesquisas anuais. Em 2014, era de 21,22% e chegou a ser de apenas 7% em 2010.
A residência e o local de trabalho seguem sendo as principais origens – 44,59% e 30,24% respectivamente – e destinos – 47,51% e 24,63% – dos passageiros do metrô. 50,82% dos entrevistados afirma deslocar-se a pé até a estação de embarque e 32,75% utilizam ônibus. 50,85% deles leva até dez minutos para chegar à estação. Após desembarcar do trem, 47,18% dos participantes da pesquisa costumam caminhar até o destino final; 36,32% completam o percurso de ônibus. 45,52% dos entrevistados levam até dez minutos para completar o percurso.
O perfil socioeconômico
61% dos participantes da pesquisa são mulheres; 65,82% têm de 18 a 44 anos. 17,16% têm ensino fundamental completo, 36,77% têm o ensino médio completo, 16,42% possuem o ensino superior incompleto e 9,65%, têm formação superior.
12,09% dos entrevistados afirmam ter renda individual de até um salário mínimo; 28,51% de um a dois salários mínimos; 18,8% de dois a três salários mínimos; 34,13% não souberam ou não quiseram responder.