Executivos discutem PPPs e modelos de gestão o segmento ferroviário

Os mecanismos de financiamentos ao setor metroferroviário foram tema do Fórum de Líderes na manhã de hoje, neste último dia de realização da NT Expo.

A subsecretaria de Parcerias e Inovações da Secretaria do Governo do Estado de São Paulo, Karla Bertocco, fez uma apresentação sobre como o governo estadual vem aprimorando o modelo de PPP e como esta ferramenta é um viabilizador da expansão da malha metroviária no estado. “O importante hoje é entender quais das alternativas são financiáveis neste cenário de escassez de recursos. É evidente que o modelo rodoviário está saturado e colapsará em breve em breve nas regiões que dão acesso à Baixada Santista e, neste cenário, o setor metroferroviário ganha ainda mais relevância”.

Segundo ela, o foco da atual administração é melhorar as parcerias com o setor privado. “A PPP é uma ferramenta interessante de gestão do processo que permite mais eficiência da atuação do estado na consolidação do projeto. Temos o case de sucesso de PPP na Linha 4 e o usamos para reproduzir as melhores soluções em outros contratos”.

Karla chamou a atenção para a questão da geração de receitas acessórias. “É possível ter mais receitas acessórias que ajudem o financiamento do projeto. Os modelos atuais são importantes, mas são mais do mesmo. A experiência de fora mostra que existem outras opções”.

“A PPP é excelente, mas não podemos cometer os mesmos erros”, contra-argumentou o Presidente do ViaQuatro, concessionária da linha 4 do metro do Rio de São Paulo, Harald Peter Zwetkoff. “Nosso modelo é muito evoluído. Temos a tarifa de remuneração diferente da tarifa pública, o que é muito benéfico”, avaliou. Na visão do executivo, o processo vem sendo melhorado e os resultados são perceptíveis já no modelo da linha 6.

“É uma evolução importante. A interface entre a construção e a operação é fundamental. Na linha 4 havia esse descompasso que nos prejudicou. Já na linha 6 essa responsabilidade é do concessionário. Além disso, o novo contrato permite agora que façamos investimentos nas estações, o que não podemos fazer na Linha 4. Toda a operação e a evolução da qualidade do serviço prestado fica mais na nossa mão”, avalia.

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