GSM-R pode deslanchar no Brasil

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) assinou no início deste mês, em Brasília, um convênio de estudos para mobilidade urbana avaliado em US$ 650 mil (R$ 2,2 milhões) com a U.S. Trade and Development Agency (USTDA). O acordo prevê a realização de estudos que envolvem a área de vídeomonitoramento embarcado nos trens de passageiros.

Atualmente, no Brasil, estes sistemas não transmitem imagens em tempo real para órgãos de segurança pública. De acordo com a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, isso acontece porque o país ainda não possui regulamentação que define a faixa de frequência a ser utilizada, o que impossibilita a instalação do GSM-R.

Na Europa, por exemplo, a frequência utilizada nas ferrovias é de 900 MHz, e dependendo da largura da banda, pode-se inserir o sistema 4G. No Brasil, as empresas de telecomunicações oferecem o 4G em 700 MHz, especificamente para os smartphones, tablets e modems.

As conversas referentes à regulamentação estão em andamento, mas nada foi acordado até então. Marchesi comentou que, com este estudo, o governo brasileiro fará uma análise de todas as tecnologias existentes que podem ser aderidas aos sistemas ferroviários brasileiros, além de averiguar quais são as tendências mundiais e as melhores faixas de frequência a serem trabalhadas.

Fontes do setor avaliam que, para se transmitir uma grande quantidade de dados de videomonitoramento embarcado, a única solução viável é o sistema 4G. Atualmente, as movimentações dentro dos trens são gravadas e posteriormente enviadas para as devidas autoridades.

A estimativa é que o estudo fique pronto no primeiro semestre do ano que vem.

 

04/08/2015 – Estação Ferroviária – Gustavo Ferrari

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