Alunos são estimulados a conhecer a importância da ferrovia em Rio Largo com exposição de trabalhos escolares na estação da cidade

24/07/2024 – CBTU Maceió

A história de Rio Largo, terceiro município mais populoso de Alagoas, com 93.729 habitantes, caminha junto com a ferrovia.

A costa banhada pelo rio Mundaú e a construção da linha férrea possibilitaram a criação de polos industriais, principalmente da indústria têxtil pertencentes à Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, e a Usina Leão, que começou suas atividades em julho de 1894 e tornou-se, à época, uma das maiores do setor em toda América Latina.

Desde então, a vida da cidade pulsa a partir da ferrovia, que faz sua ligação à capital de forma mais econômica, pontual e confortável.

A economia local se transformou, mas a presença da ferrovia no coração da cidade segue cumprindo seu papel econômico e social, imprescindível para moradores, estudantes, trabalhadores e empresários da região.

Projeto Estação da Memória aproxima escola à experiência em campo

A construção da linha férrea e presença do rio Mundaú estão sendo abordados por meio do “Estação Memória”, projeto didático-pedagógico da Escola Estadual Francisco Leão, em parceria com a CBTU.

A iniciativa aproxima a escola da vivência lúdica com experiência em campo. “O objetivo do projeto está centrado no processo de formação dos alunos, possibilitando o estudo, a pesquisa, produções textuais e pinturas associadas aos aspectos históricos e geográficos de Rio Largo, a partir das influências de dois elementos: a presença do rio Mundaú e a construção da linha férrea”, explica Cícero Bezerra, diretor da Escola.

Estação Rio Largo sob a perspectiva da aluna Amanda

Ele ressalta que “os dois elementos – rio e linha férrea – constituem importante base identitária para o lugar e seus habitantes, fundamentam lembranças, vivências e experiências diversas e, por isso, possuem um grandioso caráter pedagógico”.

O projeto “Estação da Memória” será apresentado ao público na Estação Lourenço de Albuquerque por meio da exposição de imagens pintadas pelos alunos, com idades entre 15 e 16 anos, oficina e exposição de tsuru ( técnica japonesa de dobrar o papel, transformando em várias figuras, com os pensamentos voltados a desejo de realização de sonhos), além de culminar em uma viagem de trem para os alunos e uma feira de doação de livros.

Pintura da aluna Jayane

A Exposição “Estação da Memória” ficará exposta para os passageiros dos trens de 26 de julho a 26 de agosto, na Estação Lourenço de Albuquerque.

Primeira vez

A experiência de andar de trem será sentida pela primeira vez para muitos dos alunos e até mesmo dos professores, conforme conta Cícero Bezerra. “Essa iniciativa é um marco para eles e para a escola, pois muitos dos nossos alunos, mesmo sendo de Rio Largo, nunca fizeram percursos de trem. Será importante para eles conhecerem mais da história da própria cidade”, finaliza.

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