União de mãe e filha chega ao serviço essencial nos trens

Alessandra e Lizandra são bilheteiras em diferentes estações da Supervia

Uma união entre mãe e filha ultrapassou a relação familiar e chegou a um dos serviços essenciais para a população carioca: o transporte. Alessandra Dantas, de 49 anos, e Lizandra Dantas, 26, exercem a mesma função em diferentes estações de trem da SuperVia.

Elas são bilheteiras em Comendador Soares, em Nova Iguaçu, e em Nilópolis, ambas na Baixada Fluminense, respectivamente. Mãe e filha moram juntas no bairro Edson Passos, em Mesquita e, além do trabalho, dividem as felicidades, as dificuldades, as tarefas domésticas e se consideram a melhor companhia uma para a outra e grandes amigas.

Alessandra atua na função desde que passou a trabalhar na concessionária, em 2008. Em 2017, ela indicou a filha para um processo seletivo na SuperVia.

“Trabalhar na mesma empresa que a minha filha é muito bom e torço para que ela trabalhe e cresça aqui dentro, pois a SuperVia dá essas oportunidades. Eu já estou com idade mais avançada, mas Lizandra é jovem, está com a cabeça mais fresca, tem grandes chances de alcançar degraus cada vez mais altos”, torce a mãe, que ainda se disse muito orgulhosa da filha.

“Tenho orgulho de tudo na Lizandra, e quero sempre o melhor para ela. Admiro nosso relacionamento, somos grandes amigas”, conta a mãe. Lizandra conta que se sente grata pela dedicação da mãe com ela e com o irmão e brinca que Alessandra ainda os chama de crianças.

“Ela sempre fez de tudo por mim e pelo meu irmão. Nós crescemos, mas ela sempre se refere a nós como “as crianças” porque ela considera que os filhos têm que estar sempre debaixo das asas da mãe. Ela é uma mulher muito guerreira, tenho muito orgulho de tudo o que minha mãe conquistou”, diz Lizandra.

Mãe e filha relatam que nos momentos mais difíceis da pandemia de covid-19, o carinho dos passageiros são um incentivo para continuarem mantendo o bom trabalho. Para Alessandra, o bom humor e o sorriso, ainda que seja com os olhos, devido à máscara, são indispensáveis para exercer o trabalho com o público.

“Já passei por muitos momentos em que pude ajudar, com palavras de apoio, pessoas que estavam passando por algumas dificuldades. A gratidão no olhar delas me enche de forças para continuar nesses dias difíceis que estamos passando”, completa Lizandra.

07/05/2021 – O Dia