Quando um passageiro utiliza os trens do Metrô de São Paulo, pode notar um vidro riscado que, dias ou até horas depois, se torna “novo em folha”, limpo e sem qualquer avaria. Isso acontece porque a companhia mantém uma rotina de substituição destes itens o mais breve possível.

O procedimento de substituição de um vidro é necessário geralmente em casos de vandalismo, o que prejudica a operação e afeta a rotina dos passageiros.

Assim, o Metrô busca remover a avaria dos vidros rapidamente como forma de inibir os atos de vandalismo, para que a “marca” de quem cometeu o ato não fique no local por muito tempo.

O Diário do Transporte acompanhou uma tarde de trabalhos na manutenção de trens focada sobre a substituição de vidros.

A reportagem esteve presente no Pátio do Jabaquara, na capital paulista. Na ocasião, uma equipe efetuou a troca de um vidro da porta em um trem. O processo apesar de ser rápido com duração de pouco mais de uma hora, requer a retirada da composição do atendimento aos passageiros por um tempo ainda maior, já que é levado em conta o estacionamento no pátio, a inspeção, a convocação da equipe de manutenção, a substituição de itens necessários e a inspeção pós-serviço.

O supervisor de Manutenção da companhia, Genison Oliveira, explicou de forma resumida como é feito o procedimento, que pode levar até 3 horas dependendo do tamanho do vidro ou posição em que ele está.

A TROCA

No momento da troca acompanhada pela reportagem, dois funcionários do setor de corretiva chegaram ao local com as ferramentas e o vidro a ser substituído. Por se tratar de uma peça menor e em uma porta, o trabalho foi rápido.

Para a substituição, feito o desmonte e a remoção da borracha e placa metálica de proteção. Em seguida, foi feita a remoção do vidro avariado e o encaixe do novo no lugar. Em seguida, a reinstalação das proteções.

No momento da troca, haviam ao todo três trens parados para passar pelo mesmo procedimento.

Além de portas, tinham vidros de janelas, maiores e mais largos, que demandaram um trabalho mais demorado e com mais pessoas participando.

Trabalhadores capacitados em tarefas como essa, bem como as peças de substituição estão em todos os quatro o pátios de manutenção do Metrô: Jabaquara, Tamanduateí, Itaquera e Oratório, sendo o último dos trens do monotrilho.

GASTOS

De acordo com informações do Metrô, no ano de 2019 foram gastos R$ 431 mil com material e mão-de-obra para realizar a substituição destes equipamentos nos trens.

Já em 2020 um levantamento preliminar até o mês de novembro, tratando dos mesmos custos com material e mão-de-obra, contabilizaram R$ 225 mil em despesas.

Segundo a companhia, o montante poderia ser investido em outros setores, como sinalização visual, campanhas educativas ou sociais que são rotineiramente realizadas caso as ações de vandalismo diminuíssem.

Por essa razão, a companhia pede a colaboração dos passageiros, que podem denunciar anonimamente estes atos via SMS Denúncia (97333-2252) informando o fato, a linha, próxima estação, sentido do trem e, se possível, características dos suspeitos.

A denúncia também é possível via aplicativo de celular “Metrô Conecta”, com o compartilhamento das mesmas informações.

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24/01/2021 – Diário do Transporte