O governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio vistoriaram nesta sexta-feira (2) as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, no Centro. O trecho terá 7,3 quilômetros de extensão e contará com cinco estações, sendo uma de superfície (Tirol-Moura Brasil) e as outras subterrâneas (Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu). Após sua conclusão, prevista para 2022, cerca de 150 mil pessoas poderão utilizar o transporte para deslocamento diário.

O empreendimento vai garantir aos usuários do transporte público mais opções de deslocamento e integração entre os modais disponíveis, destacou o governador. “Já temos a Linha Sul, que vem de Pacatuba até aqui o Centro da cidade, na Estação Chico da Silva. A Linha Sul conecta também com o VLT na Parangaba e vai até o Papicu. São 13 estações até o Mucuripe. Agora, com a Linha Leste, vai conectar o Centro com o VLT no Papicu, integrando também com os terminais de ônibus em Fortaleza. Os trens que vêm da Linha Oeste, vindo de Caucaia, vão poder conectar também com o metrô aqui na Linha Leste”, detalhou Camilo.

Sobre como será essa integração entre os três modais de transporte público, o chefe do Executivo estadual informou que o Governo está avaliando a melhor maneira. “A ideia é integrar todo o sistema da cidade de Fortaleza (ônibus, VLT e metrô). Hoje, já temos os bilhetes únicos Municipal e Intermunicipal e a ideia é quando estiver pronto também integrar a parte do ônibus com o metrô. Com apenas uma passagem você poder pegar o ônibus e entrar no metrô. Isso está em estudo e vai ser um benefício importante para a população de Fortaleza”, disse.

Durante a visita, governador e prefeito foram até o local onde a tuneladora trabalha na escavação do túnel e na colocação das peças pré-moldadas de concreto. A máquina já está a mais de 700 metros do ponto de partida do trecho, e a 34 metros de profundidade. “Só o Ceará hoje tem uma obra desse porte, com esse tipo de metodologia de engenharia”, comentou o governador.

Com o avanço da estrutura voltada para o transporte público, a capital cearense vai transformando aos poucos sua realidade de locomoção e a Linha Leste terá papel importante nesse contexto, acredita Roberto Cláudio. “Ao final, vai representar um avanço cultural na mobilidade urbana do Ceará e também um ganho de qualidade e conforto para o usuário do transporte público, além da quantidade de empregos que a obra está gerando em um momento difícil da economia brasileira”, enalteceu o gestor municipal.

A previsão é que a linha seja concluída até o final de 2022. No momento, os trabalhos acontecem no Centro da cidade, no eixo da Rua Castro e Silva. Já no bairro Aldeota, estão em construção as estações do Colégio Militar e Nunes Valente. A Estação Papicu, última do percurso, se encontra com seu canteiro de obras em instalação – um terminal provisório de ônibus também está sendo construído.

Aquecimento na economia

Além de gerar um ganho importante para a mobilidade urbana, a obra da Linha Leste do Metrô já traz benefícios imediatos, através da geração de empregos. Neste momento, mais de mil empregos diretos estão sendo gerados, fora os indiretos. Para a obra, estão sendo utilizados R$ 1,2 bilhão do Governo do Ceará e R$ 660 milhões do Governo Federal. Até agora foram investidos R$ 200 milhões.

“No momento difícil que os estados vivem, talvez não tenha nenhuma capital que tenha o volume de investimentos públicos que Fortaleza tem, em um esforço da Prefeitura e do Estado”, ponderou Camilo Santana. Esse fator que as obras públicas têm no desenvolvimento econômico da cidade também foi reconhecido por Roberto Cláudio. “Dificilmente vamos ter uma quantidade de obras públicas simultâneas como está acontecendo aqui em Fortaleza, tanto do Governo do Estado, quanto da Prefeitura”, reforçou o prefeito.

O secretário da Infraestrutura, Lúcio Gomes, e os engenheiros da empresa responsável pela obra também acompanharam a visita desta sexta-feira.

02/10/2020 – Governo do Estado do Ceará