Após cinco meses da declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) continua implementando medidas preventivas contra o novo coronavírus. Desde o início deste mês de agosto foram colocados dispensers de álcool gel nas estações para os usuários e também para os empregados, além de tapetes com solução sanitizante nas áreas internas destinadas aos pilotos e demais empregados da Operação. Além disso, foi entregue uma nova remessa de 6.514 máscaras, que serão distribuídas aos empregados da Operação e termômetros digitais para estações e inspetorias.

Desde 11 de março, diversas medidas foram tomadas para garantir a segurança dos usuários e dos empregados. As ações de reforço à limpeza foram, em paralelo à manutenção do funcionamento total do Sistema, as mais importantes. A Companhia completou 14 ciclos de desinfecção com o quaternário de amônio, produto que cria uma película protetora contra o vírus. A aplicação com pulverizadores é feita uma vez por semana em todas as estações e nos trens, no Centro Administrativo e Operacional (a sede do Metrô), e demais instalações da Companhia. Até 3 de agosto, foram usados 31.200 litros de produto sanitizante. As aplicações continuam por tempo indeterminado.

Além disso, os trens e estações passam por limpeza profunda a cada madrugada e também são limpos a cada chegada nos terminais (ou seja, em média a cada viagem completa, que dura em torno de 45 minutos). Nas estações, a cada 30 ou 40 minutos, os bloqueios e os guichês das bilheterias também recebem reforço de limpeza. As operações de desinfecção vêm ocorrendo desde o início da pandemia e ajudam a garantir a segurança mesmo com a flexibilização das medidas de distanciamento social. Com a retomada das atividades de diversos setores, o fluxo de passageiros, que chegou a ter redução de 80%, tem se mantido, em média, 60% menor do que no período anterior a pandemia. Ainda assim, o Metrô-DF permanece operando em sua capacidade máxima, sem redução de trens ou viagens.

“Do conjunto de medidas que tomamos desde o início da pandemia, manter o sistema operando com 100% foi a mais importante delas. Assim, conseguimos garantir algum distanciamento entre os passageiros, que é o fator mais crítico para o sistema de transporte de alta capacidade”, diz o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral.

Ele acredita que a manutenção de um protocolo sanitário no transporte público é um processo sem reversão num futuro próximo e outras discussões são necessárias à sociedade. “O processo de contaminação do Covid-19 é muito veloz, abrangente e grave, mas já tivemos outros surtos de gripe, como Sars e gripe suína, que também afetaram a população e impactaram o transporte. O transporte é uma questão conjuntural. Precisamos, por exemplo, repensar esse padrão de entrada e saída geral de 8h às 18h. Se puder ter entradas e saídas escalonadas, seria muito bom para o transporte, com público menor nos horários de pico, que tem alta concentração de pessoas em uma hora ou uma hora e meia”, sugere.

Menos filas e menos dinheiro em espécie

Outra ação recente foi adotar medidas para redução de filas e de circulação de dinheiro em espécie nas bilheterias. Em mais um esforço para a unificação do sistema de bilhetagem, o Metrô-DF destinou 10 guichês de oito estações para cadastro e entrega do Cartão BRB Mobilidade. Com essa medida, os usuários, sobretudo os que usavam o Cartão Unitário (que só permite uma viagem), podem agora fazer a recarga pela internet para quantas passagens quiserem sem precisar ir à bilheteria a cada trecho.

Essa medida também é uma proteção a mais aos empregados da Companhia. O Metrô-DF tem 1.256 empregados: 334 deles permanecem em teletrabalho e 110 estão afastados preventivamente por se enquadrarem nos grupos de risco. Não houve mortes entre metroviários por Covid-19. Além do teletrabalho, foi instituído o serviço de apoio psicossocial e divulgada uma cartilha virtual com orientações e recomendações a respeito do estresse, entre outras ações.

A Diretoria do Metrô-DF também conta com o apoio da população. Os usuários devem continuar seguindo as recomendações das autoridades de saúde. Usar a máscara; não tirá-la para comer nas estações e trens; evitar falar nos trajetos para não deixar a máscara úmida; resguardar a distância mínima e higienizar as mãos com álcool gel são medidas simples, mas que salvam vidas.

11/08/2020 – Metrô-DF