A Transport for London (TfL), gerenciadora do sistema de transporte público de Londres, capital do Reino Unido, garantiu 1,6 bilhão de libras (cerca de R$ 11,3 bilhões) em um financiamento de emergência para manter os serviços de metrô e ônibus operando até setembro.

Como contrapartida, o prefeito Sadiq Khan garantirá a reativação completa do sistema metroviário o mais rápido possível.

Além disso, a prefeitura concordou em aumentar as tarifas de ônibus e metrô em 1% acima da inflação.

Khan havia alertado o governo do Reino Unido, do primeiro ministro Boris Johnson, a fornecer apoio ou a TfL ficaria sem recursos para seguir operando o transporte na capital.

A empresa estatal teve queda de 90% nas receitas nas oito semanas em que o país ficou paralisado.

Como mostrou o Diário do Transporte, o número de passageiros de ônibus caiu 85%. E os usuários não precisam mais pagar a tarifa, como parte das medidas para proteger os motoristas da contaminação da Covid-19. Relembre: Para proteger motoristas do transporte coletivo da Covid-19, Londres libera pagamento de tarifa de ônibus e determina entrada pela porta traseira

Dentre as medidas acordadas entre o prefeito e o Primeiro-Ministro, está uma revisão de longo prazo das finanças do TfL.

Do total acordado, 500 milhões de libras referem-se a um empréstimo com o Departamento de Transportes.

A prefeitura afirma que governo do Reino Unido tardou em apoiar o TfL para lidar com o Covid-19, como aconteceu com todos os outros operadores de trens e ônibus do país.

O prefeito alega que foi forçado a fazer o acordo. Por lei, a TfL é obrigada a equilibrar suas contas. Neste caso, teria de reduzir serviços, justamente quando os trabalhadores passarão a usar mais o transporte público, devido à flexibilização do confinamento.

As tarifas do transporte da capital serão reajustadas em janeiro. E enquanto durar o auxílio emergencial, o governo do Reino Unido assumirá parcialmente o controle da TfL.

15/05/2020 – Diário do Transporte

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