Governo lança programa para desenvolvimento de inovações sustentáveis

O projeto contará com até R$ 1 bilhão de recursos em dois anos para financiar atividades de inovação com foco em desenvolvimento sustentável em municípios brasileiros

O governo federal lançou, nesta quinta-feira (27/9), o programa Cidades Inovadoras. O projeto contará com até R$ 1 bilhão de recursos em dois anos para financiar atividades de inovação com foco em desenvolvimento sustentável em municípios brasileiros. O apoio será prioritário nos setores de saneamento e recursos hídricos, mobilidade urbana, eficiência energética e energias renováveis.

A regra para a captação de recursos é apresentar projetos inovadores. Poderão ser financiadas obras e demais programas de infraestrutura nos setores almejados. Empresas concessionárias de serviços públicos receberão trato prioritário para a tomada do crédito, afirma o presidente substituto da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), Ronaldo Camargo.

Outros critérios serão avaliados além da inovação. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o porte do município também será um critério, adverte Camargo. “A análise de inovação somente não anda sozinha. Não adianta vislumbrar um projeto de inovação suprema a nível mundial ou nacional para um município de 5 mil habitantes pedir R$ 500 milhões”, ponderou.

A meta é que pelo menos 200 municípios de médio para grande porte façam adesão ao programa. “Estamos focando exatamente no IDH e na população. Não que vamos dar prioridade, mas acreditamos que todos vão se beneficiar deste grande projeto”, destacou Camargo. O ticket médio de crédito tomado dependerá da dimensão da prefeitura. “Poderá variar de R$ 10 ou 15 milhões a R$ 350 ou 400 milhões”, afirmou.

Projetos de controle de perdas de água de estações de tratamento até o consumidor final estão na mira da Finep. Uma concessão de saneamento em Belém vai usar tecnologias para desenvolver um sistema que promete reduzir em quase 50% a água perdida. “É um projeto de saneamento que temos totais condições de financiar”, destacou Camargo.

27/09/2018 – Correio Braziliense