A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) do Estado de São Paulo publicou em seu site o edital da licitação da linha 15-Prata da rede metroviária paulista. O leilão, marcado para 26 de junho na sede da B3, em São Paulo, tem como critério a maior oferta pela outorga fixa da concessão, sendo que o lance mínimo foi estabelecido em R$ 153,383 milhões.
O objetivo do certame é conceder à iniciativa privada a operação, manutenção e conservação da linha 15, que opera com tecnologia de monotrilho, pelo período de 20 anos. O valor do contrato é estimado em R$ 4,32 bilhões, que correspondem à soma dos valores nominais das estimativas de receitas decorrentes da tarifa de remuneração e das receitas acessórias no prazo da concessão.
A linha 15-Prata funciona desde agosto de 2014 apenas entre duas estações, Vila Prudente e Oratório, em um trecho de 2,9 quilômetros se considerado o pátio de manobra. Estão em obras outras oito estações, entre Oratório e São Mateus. Segundo a STM, as colunas e vigas que compõem a via permanente por onde passarão os trens do monotrilho já estão implantadas até a última estação.
Ainda de acordo com a secretaria, as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto devem ser abertas em abril. Outras três – Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus – têm inauguração programada para até o final de maio. A última estação, Jardim Colonial (antiga Iguatemi), está prevista para março de 2021.
Esse é o terceiro leilão realizado pelo governo paulista em 2018 e o segundo organizado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado. Em janeiro, foram leiloadas as linhas 5 e 17 do Metrô, em um modelo semelhante ao proposto para a próxima licitação. A CCR, líder do consórcio vencedor, disse à época que estava de olho no projeto da linha Prata justamente por ser outra concessão de operação das vias, não envolvendo um grande volume de obras.
A outra participante no leilão das linhas 5 e 17, a CS Brasil, também tem estudado outros projetos de mobilidade. Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor financeiro da JSL (controladora da CS Brasil), Denys Ferrez, afirmou que a empresa está atrás de projetos que envolvam a prestação do serviço, exijam menos obras e sejam autofinanciáveis. O executivo não comentou se a CS Brasil participará do certame da linha 15, mas disse que a mobilidade urbana é uma “vocação” da empresa.