​Mobilidade urbana sobre trilhos ganha nova tecnologia

Nathan Younge e Roberta Marchesi. Foto: Sergio Alberto
Nathan Younge e Roberta Marchesi. Foto: Sergio Alberto

O sistema metroferroviário brasileiro vai contar com uma nova tecnologia, em breve. A ANPtrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) assinou, nesta segunda-feira (3), um acordo com a USTDA (U.S. Trade and Development Agency) para a realização de estudos de videomonitoramento. O compromisso foi firmado na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília. A ideia é que as imagens captadas pelas câmeras dentro dos trens sejam transmitidas, em tempo real, para os Centros de Controle Operacional interligados com sistemas de segurança pública.

O governo norte-americano vai bancar os estudos, que vão custar 650 mil dólares, cerca de R$ 2,2 milhões, e devem ser finalizados dentro de oito meses.

Atualmente, os operadores possuem a tecnologia e monitoram o que acontece dentro dos vagões. Entretanto, a maior parte deles não transmite as imagens em tempo real. A principal dificuldade é a indisponibilidade de faixas de frequência de comunicação. Por isso, o estudo vai avaliar as faixas disponíveis no Brasil e como a tecnologia é utilizada em outros países.

“Vamos dar maior agilidade ao monitoramento dos trens e fazer a integração de todo o sistema com a parte de segurança pública, como Polícia Civil e Bombeiros. Os benefícios serão percebidos não só por quem controla os trilhos, mas também por todos os usuários”, afirmou a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, ressaltando que os operadores metroferroviários trabalham a possibilidade desse convênio com a agência americana há um ano e meio.

De acordo com diretor para a América Latina e Caribe da USTDA, Nathan Younge, a segurança das pessoas é fundamental para a mobilidade urbana em todo o mundo. “Nossos países enfrentam os mesmos desafios na área de transportes por serem de grandes dimensões continentais. Por isso a importância de realizar estudos de aperfeiçoamento nessa área”, concluiu. Também participaram da assinatura do convênio o ministro conselheiro dos Estados Unidos, Andrew Bowen, e o representante da USTDA no Brasil, Rodrigo Mota.

 

04/08/2015 – Agência CNT de Notícias – Evie Gonçalves