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Transporte ferroviário: Grupo CCR pretende testar uso de hidrogênio verde no País

Representantes da empresa visitarão a fábrica da Hyundai Rotem, na Coreia do Sul, para conhecer de perto a nova tecnologia

Devido às características do setor de transportes, talvez seja um dos segmentos mais propícios ao desenvolvimento de novas tecnologias. Afinal, sempre se buscam as soluções mais modernas, eficientes e sustentáveis para aperfeiçoar a mobilidade.

E, com isso, não só trazer melhorias ao usuário como também investir na transição energética para um economia de baixo carbono e colocar em prática ações alinhadas às práticas ESG das empresas.

Uma das novidades mais recentes é a utilização do hidrogênio verde (H2V) como combustível “limpo” para utilização em sistemas de transporte público.

A tecnologia já está sendo utilizada em alguns países, como na Alemanha, que, em 2022, foi o primeiro país do mundo a implantar o uso do hidrogênio verde em trens unindo algumas cidades em trens de passageiros. Essa nova tecnologia também está em teste na Coreia do Sul.

Por isso, representantes do Grupo CCR, empresa que opera diversos sistemas de trens, metrô e VLTs no Brasil, entre outros modais de transporte, têm uma viagem agendada para novembro ao país oriental com o objetivo de conhecer mais de perto o projeto e fazer estudos sobre sua viabilidade técnica e econômica, levando em conta a realidade brasileira.

“Vamos visitar a fábrica da Hyundai Rotem, na Coreia do Sul, para reunir informações sobre o custo dessa operação, fazer estimativas de manutenção dos veículos e verificar o grau de avanço dessa tecnologia”, conta Márcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade.

Além do VLT coreano, a empresa também pretende visitar a fábrica da Alstom e conhecer a operação da Alemanha.

Como se obtém o hidrogênio verde

O hidrogênio verde é obtido com base na eletrólise da água, quando realizada por meio de uma fonte de energia renovável. Quando em funcionamento, os trens movidos com o H2V emitem apenas vapor e água condensada. Além de menos poluentes, as composições são mais silenciosas do que aquelas movidas por combustíveis fósseis.

Márcio Hannas, da CCR, ressalta que a ideia não é substituir os trens movidos a eletricidade nos sistemas que a empresa opera no Brasil, como as linhas de trem e metrô em São Paulo e Salvador. “Cerca de 95% da energia consumida em nossas operações é renovável”, acrescenta.

“Vamos visitar a fábrica da Hyundai Rotem, na Coreia do Sul, para reunir informações sobre o custo da operação, fazer estimativas de manutenção dos veículos e verificar o grau de avanço dessa tecnologia.”Márcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade

O que se pretende com essa primeira missão à Coreia é entender melhor como o sistema funciona. E, quem sabe?, pensar no planejamento e execução de uma nova linha no futuro que use o hidrogênio verde para movimentar os trens.

“O uso dessa nova tecnologia só faz sentido em uma implantação nova, pois elimina um grande investimento que normalmente é feito com a instalação de catenárias, por exemplo”, explica Hannas. Catenária é o nome dado ao sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea usado nas ferrovias.

Se todos os estudos de viabilidade técnica e operacional forem positivos, ainda levará algum tempo para que seja implementado no Brasil o primeiro sistema de transporte sobre trilhos movido a hidrogênio verde. Essa nova tecnologia deve estar disponível por aqui em um prazo entre cinco e dez anos.

11/09/2023 – O Estado de S.Paulo / Estadão Mobilidade

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