Prioridade para o transporte público

Necessidade de investimentos para atender à demanda atual chega à R$ 240 bilhões até 2020, na implantação 1.633 quilômetros de sistemas de média e alta capacidade de transporte.

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Cerca de metade dos projetos de transporte sobre trilhos previstos para conclusão até 2022, que deverão ampliar em quase 40 quilômetros a atual rede de 1.034 quilômetros de metrôs, trens e VLTs, com investimentos de R$ 45 bilhões, conta com a participação do setor privado, seja via PPPs, seja concessões. “É uma forma de garantir investimentos”, diz Joubert Flores, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

De acordo com estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a rede atual sobre trilhos precisaria aumentar 85%, com 850 quilômetros a mais, os quais demandariam investimentos de R$ 167 bilhões. Para Flores, a ampliação da rede precisa de investimentos constantes por pelo menos 20 anos, e isso só é viável com a participação de empresas privadas. “É evidente que o governo não pode fazer tudo”, reconhece. Mas precisa fazer a sua parte, criando condições para atrair o capital privado, entre as quais regras estáveis e regulação confiável e profissionais de concessão.

Um dos grandes empecilhos aos investimentos no transporte sobre trilhos, aponta Flores, tem sido o custo das obras, historicamente muito superior ao praticado em outros países. “Tenho expectativa de que, com todo esse rearranjo que está acontecendo no país, com a necessidade de sistemas de compliance mais fortes entre empresas e governo, o custo do investimento possa voltar a um patamar mais próximo ao existente no mundo”, diz Flores.

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30/06/2017 – Revista Valor Setorial Infraestrutura – Valor Econômico
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