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A Ferrovia Tereza Cristina (FTC) concluiu os serviços de reparo geral de uma locomotiva B12, fabricada em 1953 pela Electro-Motive Diesel, do Canadá. A reforma foi feita em parceria com o Museu Ferroviário de Tubarão (SC), que organizará passeios turísticos com a máquina recém-restaurada.

A locomotiva restaurada foi adquirida inicialmente para operar na Estrada de Ferro Vitória e Minas, com o número 521. Em julho de 1968, foi transferida para a Rede Ferroviária Federal (RFFSA), registrada com o n° 6001, sendo alocada em divisões da própria organização. O motivo foi o fato de serem menos potentes quando comparadas com outras locomotivas da época, o que causou a baixa de muitas e a transformação das restantes em manobreiras ou secundárias.

Das nove máquinas desse modelo importadas originalmente, ainda existem três unidades, a nº 4098 que está preservada e em operação na sede da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) em Curitiba, no Paraná; a nº 6009 conservada estática no Museu do Trem em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul; e a nº 6001, que acabou de ser reformada pela FTC em parceria com o Museu Ferroviário de Tubarão. “Além do patrimônio histórico, a locomotiva será um apoio para o trem turístico, fortalecendo também o desenvolvimento econômico da região”, evidencia o presidente do Museu, Everaldo Silva.

Características

A B12, fabricada em 1953, possui propulsão à diesel-elétrica, mede 13,5 metros de comprimento, 2,7 metros de largura, 3,7 metros de altura, pesa 68 toneladas, com capacidade para 4,5 mil litros de combustível, e pode atingir velocidade mínima de 16 km/h e máxima de 97 km/h. Com freio de ar comprimido, a potência total do equipamento é de 1.125 cavalos.

Durante o processo de reparo geral realizado pela FTC, a locomotiva teve os principais componentes desmontados (motor diesel, compressor, painel elétrico, truques, geradores e outros itens), e substituídos todos que apresentaram desgaste, sendo restaurados por completo. Foram nove meses de trabalho. A partir dos serviços realizados, o equipamento poderá operar sem quaisquer restrições, funcionando plenamente.

“Os equipamentos ferroviários são muito distintos e provocam uma grande curiosidade no público em geral. Essa locomotiva em questão fascina até mesmo os próprios ferroviários, pois trata-se de um equipamento muito raro, de poucos exemplares produzidos no mundo e com menos ainda em atividade, no Brasil”, afirma o gerente do setor de Manutenção de Locomotivas, Marcel Dartora.

Ele diz que muitas das tarefas para a recuperação de uma locomotiva são artesanais e requerem conhecimentos técnicos específicos. “O trabalho e a dedicação da equipe envolvida na restauração deste equipamento foram admiráveis, em especial porque todos conhecem e valorizam muito a história deste modelo, e se mantiveram com foco em mantê-lo dentro do padrão original”, conta Marcel.

A iniciativa da FTC tem o objetivo de preservar a memória ferroviária e incentivar o transporte por meio deste modal, explica o diretor de Operações da FTC, Luis Mário Novochadlo. “Como ferroviário, é um grande prazer e desafio manter a locomotiva B12 em boas condições de operação e é ainda mais gratificante fazer ela contribuir para atingir esse objetivo, deixando-a ativa como as demais da frota”.

23/07/2021 – Revista Ferroviária

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