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O 1º Congresso Brasileiro de Engenharia de Gestão de Ativos de Infraestrutura (CBEGAI) reuniu especialistas em mobilidade para debater a infraestrutura metroferroviária brasileira na 4ª feira (09/06), no formato online.

Roberta Marchesi, Diretora Executiva da ANPTrilhos; Jean Carlos Pejo, Presidente Associação Latinoamericana de Ferrovias (ALAF); Sergio Avelleda, Diretor do World Resources Institute (WRI); e Pedro Pereira Benvenuto, CEO da Benvenuto Engenharia, debateram sobre a situação do setor diante da pandemia, a participação privada nos projetos metroferroviários, o financiamento do transporte público, entre outros temas, na mesa redonda Infraestrutura Metroferroviária. O painel teve a coordenação de Ivan Metran Whately, Diretor do Departamento de Mobilidade e Logística do Instituto de Engenharia.

A Diretora Executiva da ANPTrilhos ministrou a palestra “PPPs Metroferroviárias, a Visão da ANPTrilhos” e explicou que o setor está transportando em torno de 50% dos passageiros de antes da pandemia e acumula déficit de arrecadação de bilheteria estimado em -R$ 11 bilhões. Ela destacou que mesmo diante da crise, a iniciativa privada mantém interesse no transporte de passageiros sobre trilhos e citou como exemplo a concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, vencida pelo consórcio entre a CCR e RuasInvest, com proposta com mais de 200% de ágio sobre o valor mínimo de outorga.

Ela explicou que as primeiras concessões foram do MetrôRio e SuperVia, no Rio de Janeiro, com remuneração sustentada na tarifa, e mais de 10 anos depois o setor teve a primeira Parceria Público-Privada com a Linha 4-Amarela de São Paulo, que foi a primeira PPP do Brasil. “Saímos de uma participação privada no setor, que beirava os 27% no final de 2010, para mais de 56% em 2021, já incluindo nessa conta a recente concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, realizada em abril. Se considerarmos que, das 7 empresas públicas que ainda operam o serviço no País, 3 estão com estágio avançado para a concessão completa do seu sistema, estima-se que nos próximos 5 anos o percentual da participação privada no setor supere os 85%”, disse a executiva.

Roberta Marchesi explicou ainda que a segurança jurídica dos contratos é fundamental para que a iniciativa privada mantenha o interesse de investimento no setor e tenha as garantias para manter a sua operação. Ela ressaltou que é necessário olhar para o transporte público de maneira diferente e que o debate em torno do financiamento deste setor é antigo e a crise mostrou que é preciso fazer essa gestão de forma diferente. Citou como exemplo os Estados Unidos, onde o financiamento do transporte envolve todas as esferas governamentais.

O 1º Congresso Brasileiro de Engenharia de Gestão de Ativos de Infraestrutura foi realizado pela Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman) e o Instituto de Engenharia.

 

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