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Associações que representam setores da infraestrutura estão relatando dificuldades para interlocução com as candidaturas à presidência da República, a menos de três meses da eleição.

Eventos previstos para receber pré-candidatos previstos por essas associações já foram ou estão perto de ser desmarcados, ou sequer serão anunciados, pela recusa das candidaturas que aparecem à frente das pesquisas em aceitar participar, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Mas a dificuldade não é apenas para confirmar ou não presença nos eventos.

Uma parte dos representantes de empresas relata também não conseguir apresentar a interlocutores do candidato um panorama da sua área e quais são as demandas para que as empresas possam ampliar suas operações no Brasil com mais investimentos.

Em comunicado desta sexta-feira (15), a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos) informou que seu “Fórum da Mobilidade”, programado para receber candidatos à presidência em Brasília este mês, foi adiado para maio de 2023.

“Por conta do atual cenário eleitoral, em que os candidatos à Presidência da República têm evitado participações em eventos e debates dentro do primeiro turno”, informou a nota.

Joubert Flores, presidente da associação, disse que, diferentemente de 2018, as candidaturas estão claramente evitando eventos setoriais. Segundo ele, o setor de passageiros evoluiu para uma proposta de consenso e a ideia era mostrar isso a todos e obter também a opinião dos candidatos, algo que “foi frustrado”.

Marco Aurélio Barcelos, que comanda a Melhores Rodovias do Brasil – ABCR, diz que essas interações com os candidatos e as equipes técnicas são a forma de levar, “de forma transparente e republicana, preocupações e tópicos sobre o tema da infraestrutura, que é fundamental para as políticas de desenvolvimento do país”.

Pouco dispostas

Mas os relatos são de que as candidaturas do PT e do PL, que lideram a disputa, estão pouco dispostas a escutar os representantes setoriais, especialmente os que estão mais ligados a setores que tiveram envolvimento com a Lava Jato no passado.

As pré-candidaturas do PDT, Ciro Gomes, e do MDB, Simone Tebet, têm sido mais receptivas e se colocam à disposição tanto para receber os representantes como para participar dos eventos. Há associações que estão trabalhando com a hipótese de fazer os eventos com os candidatos que toparem, mas outras não estão dispostas.

As dificuldades maiores são relatadas com a campanha do presidente Jair Bolsonaro, que ainda não tem uma estrutura organizada e os representantes não sabem nem mesmo a quem levar as propostas.

Nas últimas semanas, o ex-ministro e provável candidato a vice Braga Netto tem tomado a frente para tentar organizar um programa de governo para o candidato, algo que não tem sido considerado prioridade por parte do núcleo da candidatura. O que tem se desenhado é que os atuais ministérios, que já estão preparando projetos para os próximos anos, apresentem as propostas para que sejam levadas à direção da campanha.

No PT, a Fundação Perseu Abramo está discutindo projetos para o setor. A ex-ministra Miriam Belchior (governos Lula e Dilma) deu entrevista à Folha de S. Paulo recentemente na qual relatou algumas das propostas que estão sendo avaliadas para o programa do candidato Lula. Na área de energia, o expresidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) Maurício Tolmasquim tem sido a ponte para tratar do tema com associações do setor.

18/07/2022 – Agência iNFRA

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