Quer ficar bem informado sobre o transporte de passageiros sobre trilhos? Inscreva-se na newsletter da ANPTrilhos e receba as informações no seu e-mail.

Setor de Autarquias Sul – Quadra 1 – Ed. CNT Torre A – Sala 510 – Brasília/DF | (61) 3322-3158 | contato@anptrilhos.org.br

VLT custa R$ 16 milhões ao mês mesmo com a obra parada, diz governo de MT

Com as obras paradas desde dezembro de 2014, o Veículo Leve sobre Trilhos custa R$ 16 milhões ao mês para os cofres públicos, afirma o governo de Mato Grosso. O montante é referente a dívidas passadas com o Consórcio VLT, responsável pela implantação, e a manutenção do que já foi adquirido pelo estado para o metrô de superfície rodar em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana. O VLT foi iniciado em 2012 e licitado pelo valor e R$ 1,47 bilhão, do qual R$ 1 bilhão já foi gasto com material como 44 km de trilhos, 42 vagões e sistema de controle.

“Temos hoje um custo de correção monetária sobre valores que são devidos ao consórcio, que não foram pagos até dezembro de 2014, de R$ 300 milhões. Todos os meses encarecem em mais R$ 800 mil, que é a correção pelo IPCA. E os veículos parados têm custo de manutenção, em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões por mês. E com o veículo parado, o mato-grossense já paga o financiamento tomado com a Caixa Econômica e com o BNDES, em torno de R$ 14,5 milhões”, disse Rogério Gallo, procurador-geral do estado.

Após briga na Justiça que já dura mais de dois anos, o governo anunciou em março que havia fechado um acordo com o Consórcio VLT, pelo qual seriam pagos R$ 922 milhões para retomada e conclusão da obra. Os ministérios públicos Federal e do Estado, porém, já se manifestaram contrários a esse acordo e questionam o valor necessário para dar continuidade e terminar a implantação do VLT.

Em decisão publicada nessa segunda-feira (5), o juiz Círio Arapirada, da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, deu prazo para que o governo e o consórcio se manifestem sobre o parecer contrário do MPF e do MPE.

O contrato de financiamento para a obra foi assinado em 2012, com carência de três anos. Para o professor Luiz Miguel de Miranda, da Universidade Federal de Mato Grosso, além desses valores, há o risco do comprometimento e do envelhecimento da tecnologia empregada.

“Na medida em que não vão sendo realizados, as obras vão se deteriorando mais rapidamente. Então é como sua casa. Você tem que olhar todo dia para ela, cuidar e limpar. Se você não cuidar, a tua casa vai ao chão. E é assim que acontece com as obras públicas”, disse.

07/06/2017 – G1 MT
Print Friendly, PDF & Email

Erro: Formulário de contato não encontrado.

Print Friendly, PDF & Email

Erro: Formulário de contato não encontrado.

Print Friendly, PDF & Email

Print Friendly, PDF & Email