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Balanço da Copa do Mundo apresenta bons resultados ao transporte público

Trens e metrôs foram as melhores alternativas de locomoção durante o mundial. Com o bom desempenho, Setor Metroferroviário se mantém otimista para a conclusão das obras ainda em andamento

Apesar das preocupações dos torcedores e governantes com a mobilidade durante a Copa do Mundo, o resultado surpreendeu. Em cidades-sede dos jogos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, a população e os turistas conseguiram chegar aos estádios com tranquilidade. O sistema de passageiros sobre trilhos foi o meio de transporte preferido pelos torcedores.

Para a superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi, o evento exigiu uma capacidade de planejamento e de organização específica do sistema de transporte sobre trilhos para atender aos jogos do mundial. “Os operadores se dedicaram para buscar soluções ao atendimento dos torcedores nos dias de jogos. Toda essa preparação para o mundial contribuiu para evidenciar a importância dos sistemas de transporte sobre trilhos para a mobilidade da população. Como resultado, temos hoje diversos projetos, frutos desse impulso, que vão melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida em nossas cidades”, declara Roberta.

Em São Paulo, o transporte sobre trilhos foi utilizado por 57 mil pessoas, em média, a cada jogo. No total, metrô e CPTM transportaram 345 mil pessoas nas seis partidas disputadas na Arena Corinthians. Isso representa quase 92% do total do público que assistiu à Copa ao vivo em São Paulo.

Já no Rio de Janeiro, o modal transportou mais de 70% dos espectadores que assistiram aos jogos no Maracanã ou torceram nas suas imediações. De acordo com o Metrô Rio, foram transportados cerca de 690 mil torcedores.

Nos dias em que os jogos foram realizados na Capital Federal, o sistema metroviário recebeu aproximadamente 30% mais usuários nas estações de maior movimento (Central, Shopping e Praça do Relógio). Normalmente, o Metrô-DF transporta cerca de 140 mil pessoas por dia em todo o sistema. A operação especial funcionou, nos dias de jogos no DF, com a capacidade máxima de 24 trens nas quatro horas que antecediam o Mundial e nas três horas seguintes ao término dos jogos.

Outra cidade-sede que apresentou balanço positivo do transporte sobre trilhos foi Salvador. A operação do Metrô na Copa do Mundo começou no dia 13, no jogo entre Holanda e Espanha, dois dias após o início da operação assistida para toda a população soteropolitana. No total, foram realizadas, em média, 46 viagens por jogo e a taxa média geral de ocupação foi de 22%, sendo que nas viagens de retorno a taxa média de ocupação alcançou 59,5% (595 passageiros/viagem) e picos de 84% (840 passageiros/viagem). Aproximadamente 10,6% dos torcedores que foram à Arena Fonte Nova nos seis jogos utilizaram o Metrô.

Apesar dos cinco projetos de trilhos planejados para atender o aumento da demanda por transporte no mundial – Monotrilho de Manaus/AM; VLT de Cuiabá/MT; VLT de Brasília/DF; Monotrilho de São Paulo/SP (Linha 17) e VLT de Fortaleza/CE – não terem sido concluídos a tempo, as obras continuam em execução. “Os projetos hoje em execução são um importante legado que a população receberá do mundial de futebol. A conclusão desses investimentos é fundamental para ampliar a mobilidade urbana e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos nesses centros urbanos”, afirma a Superintendente da Associação.

Segundo a ANPTrilhos, o Brasil está dando um grande impulso para ampliar sua rede metroferroviária nos próximos seis anos. “São 25 projetos já contratados ou em execução, que permitirão ao Brasil dar um grande passo para ampliar sua rede até 2020. Atualmente temos mais de 330 km em execução, que incluem metrôs, trens urbanos, VLT, monotrilho e trens regionais, e a tendência é de que esse número continue crescendo ao longo dos próximos anos”, diz Roberta.

Atualmente, das 63 médias e grandes regiões metropolitanas no Brasil, apenas 12 possuem algum tipo de sistema de transporte de passageiros sobre trilhos. Isso evidencia a importância de se manter os investimentos em curso para dar qualidade ao transporte da população. “O Brasil precisar aproveitar o impulso dado na Copa do Mundo para alavancar o investimento nesse sistema e dar continuidade aos projetos, nos próximos anos. Só assim será possível dotar as cidades de um transporte rápido, seguro, eficaz e integrado que atenda às necessidades da população”, conclui Roberta.

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